Há Dez Anos, no Reino da Economia



Era uma vez, a história de uma torre do castelo de um imponente reino que, inesperadamente, sucumbiu-se, e com suas poeiras sendo propagadas até hoje pelo mundo afora. O que parece a introdução de uma fábula com tons trágicos é, na verdade, a metafórica encenação do dia em que o mercado financeiro sentiu um baque capaz de colocar a maior potência econômica do mundo, os Estados Unidos, em crise.

Acontece que, quando um grupo de crianças estão brincando na rua de futebol e a mãe do dono da bola o chama para ir embora, ele leva a bola consigo e o jogo acaba. Os EUA entrando numa crise econômica, afetaria diretamente os demais participantes deste ‘jogo’, chamado Capitalismo. E, assim, foi.

Em 15 de Setembro de 2008, o Lehman Brothers, um dos maiores bancos de investimento do planeta, declara falência, colocando milhares de funcionários na rua e gerando um rombo de centenas de bilhões. Hoje, os motivos que proporcionaram a crise são mais esclarecidos: Uma bolha no mercado imobiliário, na qual pessoas aplicavam suas economias neste ramo, com o pressuposto de um lucro futuro compensador, sem notar que a regra econômica da oferta x demanda não fechava. Quando esta primeira ‘torre financeira’ se racha, o castelo do “Reino da Economia” também viria a sucumbir. Os países desenvolvidos possuíam uma agenda econômica muito estável com o mercado norte-americano; e os países subdesenvolvidos, dependiam dele. E então, poço refrescar sua mente, com as lembranças daquele final de década, em que nós, brasileiros, pertencíamos ao grupo de “países emergentes”.

Nas palavras do então presidente Lula, a crise que gerou um tsunami nos EUA, aqui seria uma “marolinha”. As políticas macroeconômicas adotadas, a fim de combater os efeitos da crise no país, foram questionadas desde então. Para Fernando Scheller, este remédio para conter a crise foi ‘estopim da recessão’.

No próximo sábado, completam-se 10 anos desde o marco da crise financeira mundial, não sentida desde a quebra da Bolsa de Valores de NY de 1929. Os efeitos são sentidos ainda hoje. E, no Brasil, que se viu num turbilhão desde 2013, não é possível negar os frutos deste crash financeiro. Dias melhores virão.
(Coluna Torpedo do Dia, publicada na edição 6.879 do Jornal da Cidade, de Poços de Caldas)

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