A Vida em uma Doce Melodia



Representação artística que remete à Antiguidade: A Música. Conhecida como ‘a 1ª das artes’, é a combinação de elementos sonoros com a ausência deles, que se alinha com harmonia, ritmos e timbres. E tem sua diversidade de efeitos em nós: Serve para alegrar dias cinzentos, concentrar em momentos de estudo, refletir com letras inspiradoras ou engajadas, dançar e comemorar, e até mesmo para estimular os ambientes a se tornaram mais vivos. A música faz parte do nosso cotidiano, e perfeito seria se tivéssemos uma vitrola mental, que tocasse músicas conforme nossos momentos e sentimentos.

Poderia ficar falando, por infinitas linhas, sobre músicas e músicos, com seus estilos, mas hoje, preciso falar sobre um álbum em específico: As Flores do Começo, de Tuca Oliveira. Ouvi, pela primeira vez, há algumas semanas, com a mera pretensão de prestigiar o trabalho de Tuca. Porém, não passava da minha ingenuidade, julgando apenas ‘prestigiar’. Um toque poético que ali se encontrava ao longo de suas dez faixas, tornou, este álbum, um verdadeiro vício nas minhas viagens e afazeres (ou até enquanto escrevo este texto).

Uma doce melodia que acalenta e que inspira. Um trabalho artístico merecedor de aplausos de pé ao muzambinhense de 26 anos. Tuca passa a compor, para mim, um seleto grupo cantores e compositores, que vem revitalizando a MPB. Na faixa ‘Eu, Você e as Estrelas’, é possível entender o motivo de eu destinar o texto da semana à ele: uma genialidade com o uso das palavras e suas figuras, misturado ao timbre leve e aconchegante faz com que o ouvinte se deleite em uma de suas histórias de amor, sentimento constante e marcante de seus trabalhos.

Convido o leitor a ouvir a música ‘No Mesmo Tom’, parte da obra e que defino, com dificuldade na escolha, como apogeu neste repertório, muito por conta dos versos poéticos que seguem: “Que seja sereno, um doce novembro. E não tenha, o ciúme, a dose de um veneno. Tenhas paciência. É, o mundo às vezes pesa. Que sejam, pra sempre, As flores do começo.”.

Tuca, parabéns e obrigado. O primeiro, pelo excelente trabalho, com votos de que surjam outros pela frente. O segundo, por poder contemplar uma qualidade musical de poucos. E saiba: Muzambinho, a pacata cidade sul-mineira, Terra hospitaleira, do Café, do Doce de Leite, de Milton Neves, do Carnaval e, agora, de Tuca Oliveira.


(Coluna Torpedo do Dia, publicada em 21 de Setembro, na edição 6.884 do Jornal da Cidade, de Poços de Caldas)

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